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Lendas e Tradições

LENDAS

Lenda do Zé do Telhado


José do Telhado ou Zé do Telhado, alcunha de José Teixeira da Silva, nasceu no lugar do Telhado, freguesia de Castelões de Recesinhos, concelho de Penafiel a 22 de junho de 1818.  

De origens rurais humildes, aos 14 anos foi viver com um seu tio, no lugar de Sobreira, freguesia de Caíde de Rei, Lousada para aprender com ele o ofício de castrador e tratador de animais. No dia 3 de Fevereiro de 1845 casou-se com a sua prima Ana Lentina de Campos, da qual teve cinco filhos.

Tinha vasta experiência militar começada no quartel de Cavalaria 2. Como membro dos Lanceiros da Rainha toma parte contra o partido dos setembristas, pela restauração da Carta Constitucional, no mês de julho de 1837. Após a derrota destas forças refugia-se em Espanha.

Ao regressar, grassava no país uma revolta larvar contra o governo anticlerical de Costa Cabral e quando estala a Revolução da Maria da Fonte, a 23 de março de 1846, vê-se envolvido como um dos líderes da insurreição. Coloca-se às ordens do General Sá da Bandeira, que também tinha aderido. Assume o posto de sargento e distingue-se de tal forma na bravura e qualidades militares que, na expedição a Valpaços, recebe o grau de Cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, a mais alta condecoração que ainda hoje vigora em Portugal. No entanto, o seu «partido» entra em desgraça, amontoa dívidas de impostos que não consegue pagar e é expulso das forças armadas.

Já como "Zé do Telhado", chefe bandoleiro, realiza um grande número de assaltos por todo o Norte de Portugal, durante um período muito conturbado que coincidiu com o pedido de maior resistência de D. Miguel, no exílio com seu governo, aos seus partidários miguelistas que tentaram formar grupos de guerrilha em todo o país.

O bandoleiro mais conhecido do país acaba por ser apanhado pelas autoridades em 31 de março de 1859 quando tentava fugir para o Brasil. Esteve preso na Cadeia da Relação, onde conheceu Camilo Castelo Branco que se lhe refere nas Memórias do Cárcere.

Em 9 de Dezembro de 1859 foi julgado e condenado ao degredo perpétuo na África Ocidental Portuguesa. Foi-lhe comutada a pena aplicada na de 15 anos de degredo, em 28 de setembro de 1863.

Viveu em Malanje, negociando em borracha, cera e marfim. Casou-se com uma angolana, Conceição, de quem teve três filhos. Conhecido entre os locais como o kimuezo — homem de barbas grandes —, viveu desafogadamente. Faleceu aos 57 anos, vítima de varíola, sendo sepultado na aldeia de Xissa, município de Mucari, a meia centena de quilómetros de Malanje, sendo-lhe erguido um mausoléu, objeto de romagens.

in https://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9_do_Telhado 



TRADIÇÕES

- Cantigas
- Ensalmos
- Orações
- Jogos Populares


Cantigas Populares


Algumas canções do Cancioneiro de Caíde de Rei:

- "Às nove e meia da noite / Na lua te estava a escrever "    
- "Eu estou casado há três dias / Quem me dera estar solteiro"
- "O sol é que alegra o dia / De manhã ao nascer"    
- "Ó milagroso S. Pedro / Querido santinho meu"
- "Eu casei-me por um ano / P'ra ver a vida que era"    
- "Sou filha da nabiça / Sou filha de boa gente "
- "Daquela mais fina / De verde flôr"    
- "Ó José rei dos Josés / Acode à tua querida "
- "Cantigas do Linho"    
- "Ò que maldita Mulher"

Orações

- De Noite
- Ao Deitar
- Para a Trovoada
- Diversas

Ensalmos

- FOGO LOBO (febre)
- FARFALHO (Inflamação na boca)
- UNHA (olhos inflamados)
- BICHO
- ZIPELA (Erizipela)
- AR DA NOITE
- RANA
- AREJO
- ACTÍCIA (Icterícia)
- AFTAS
- DADA (dor)
- ABERTURA